domingo, 25 de setembro de 2011

Tempestades vão, tempestades veem...

Aí vem a tempestade.
E veio em força... É um vento frio, uma vontade enorme de fugir para um lugar secreto e seguro... 
Gritamos, lutamos, ofendemos, destruimos tudo a nossa volta, por onde passamos largamos um vasto caminho de magoa... Choramos lágrimas de sangue, e ouvem-se gemidos de dor. Esta tempestade foi forte, mas os nossos telhados não são de vidro, o nosso amor foi construido com aço e pedra dura, que pode bater mas não fura.
Choveu durante horas nos meus olhos, e nos meus ouvidos ouço trovões, o minha mente está cheia de relâmpagos, flashes do passado que me mostram o que fomos e o que somos...
De repente sinto o feixo de luz a bater na minha cara, e um certo calor a invadir todas as partes do meu corpo. Já não chove.
Estou deitada ao teu lado, o teu braço está por cima do meu ombro como se me quisesses proteger de todos os destroços que caiem depois do furacão que passou. A tempestade foi-se e encontramos o tal local seguro. A nossa casa feita de luta, sangue, saliva e suor. Abro os olhos e vejo o teu rosto sereno a dormir, aconchego os cobertos junto a ti e penso "mais uma vez conseguimos".
Ganhamos esta batalha, mas ainda não a guerra. Ambos sabemos que o para sempre é muito tempo, que o para sempre vai trazer consigo muitas tempestades. Espero que depois de todas elas, acordemos juntos.
A isto eu chamo, a força do Amor.

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